Leiteiros lapeanos viajam a Major Vieira e Papanduva
Nos municípios catarinenses, produtores foram recebidos pelos técnicos da EPAGRI, que conduziram as explanações técnicas, relativas ao Dia de Campo de Leite.
Na quinta-feira, 4 de maio, produtores de leite da Lapa participaram de uma excursão técnica, organizada pelo Instituto EMATER, com destino aos municípios de Papanduva e Major Vieira, em Santa Catarina.
Nos municípios catarinenses, os produtores foram recebidos pelos técnicos da EPAGRI, Dr. Waldemiro Sudoski, Marcelo Pilati e Alexandre L. Agarie, que conduziram as explanações técnicas, relativas ao Dia de Campo de Leite.
Logo pela manhã foi visitada a unidade de pesquisa de forrageiras da Embrapa em Papanduva, onde os produtores tiveram contato com as unidades de pasto e os resultados das pesquisas da grama Missioneira gigante e o capim Kurumin.
No período da tarde foram visitadas as propriedades leiteiras de Evanir Krauss e Bruno Ruthes, em Major Vieira. Na oportunidade, foram vistos e discutidos os sistemas de produção voltados à atividade leiteira que têm como a base da alimentação a oferta de pasto verde de qualidade e em quantidade, fornecido através do pastejo em piquetes.
Para o maior conforto dos animais, os piquetes são manejados no sistema silvipastoril, onde é proporcionado o sombreamento das pastagens através de um ranking de árvores no sentido norte-sul. Esse sistema de sombreamento proporciona insolação suficiente para um excelente desenvolvimento das pastagens e o concomitante sombreamento para o conforto dos animais.
Estudos mostram que a alimentação corresponde a 70% do custo de produção do leite, sendo o pasto verde o alimento mais barato. Então, quanto maior for a disponibilidade de pasto verde, menor será o custo de suplementação alimentar feita no cocho, na forma de ensilagem e ração concentrada.
O aproveitamento do esterco acumulado no curral de ordenha, para abastecer o biodigestor e a utilização do gás metano produzido no processo, como fonte de energia para o aquecimento da água utilizada na higienização dos equipamentos e instalações, também foi demonstrado aos produtores lapeanos.
Outra prática de manejo do solo interessante, demonstrada aos visitantes, foi a construção de corredores suspensos para o trânsito diário dos animais entre os piquetes e o curral de ordenha. Essa técnica facilita o escoamento das águas de chuva e diminui a formação de barro e poças de água nos corredores de passagem dos animais.
O evento contou o efetivo apoio da CLAC, entreposto de Lapa, patrocinando o almoço aos participantes. Todos os leiteiros lapaeanos que se interessaram receberam gratuitamente mudas de Missioneira gigante e Kurumin para plantar em suas propriedades.